quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cinderela de saia justa

Linnares, Chris. Cinderela de Saia Justa. Editora Gente; São Paulo / SP; 2004; 186 páginas.

Dados da obra:

O livro conta a história ficctícia de Ana José, uma jornalista descrente da vida e do mundo por acumular inúmeras frustrações pessoais. De repente ela é escalada para fazer uma matéria sobre uma associação secreta que oferece ensinamentos baseados em contos de fadas. A partir daí sua vida se transforma.

Breve relato da autora:

Chris Linnares é escritora, atriz e psicóloga brasileira. Fez diversos cursos na área de desenvolvimento humano na Universidade Harvard, em Boston (EUA) e, tem emocionado e encantado plateias em todo o Brasil com suas palestras-show, DVDs, livros e comédia teatral.

Passagens:

“– Então nos perguntamos: de que maneira os contos de fadas podem nos ajudar? De certa forma, os mitos representam o inconsciente profundo da humanidade através dos tempos. Herdamos de nossa cultura várias histórias, e entre elas estão os contos de fadas que tanto nos fascinam. Cada história, com suas nuances, pode trazer respostas para as nossas inquietações e resoluções para os nossos principais conflitos. Edward Whitmont, em seu livro O Retorno da Deusa, diz que o fascínio que os contos de fadas exercem sobre adultos e crianças está no fato de que é na fantasia que a alma experimenta sua própria realidade.”

“– Esse pensamento de que cada ser humano tem uma missão ou destino não vem dos cartomantes e videntes, é uma ideia muito antiga. O filósofo grego Platão, em seu livro A República, já tinha expressado esse conceito. Ele dizia que, antes de nascer, cada pessoa recebe um daimon, uma espécie de companheiro da alma que nos guia e porta nosso destino.”

“É a primeira vez que dona Chica se manifesta. Tadinha, isso tudo deve estar confuso para ela. Vá lá, eu confesso: está confuso para mim também! Dureza reconhecer isso, ainda mais quando se é uma jornalista e se é pressionada para entender e dominar todos os assuntos da face da Terra, estar em dia com os lançamentos literários e ler no mínimo cinco jornais diários, além das revistas semanais, ver os principais sites, os programas da tevê, conhecer todos os nomes de grande e média expressão do passado, presente e futuro, seja de que área for: política, economia, cidades, cultura, social, saúde, esporte, internacional, ciências, tecnologia, agropecuária... Ufa! Olha eu aqui viajando de novo. Deixe voltar para o encontro, senão vou ter que enfrentar é a pressão da demissão.”

“Não posso dar certeza para ela; depois a Natália não vem e a dona Chica se decepciona. Mas não vejo a hora de levar sua filha até a casa dela nesta semana. Dona Chica vai ficar tão feliz! Que bonito isso que ela falou, que ‘perdoar não é esquecer a história que passou, mas nos dar a chance de escrever uma nova história’. Nunca tinha pensado desse jeito.”

“– Beatriz, quando nos encontramos em situações difíceis, precisamos praticar uma atitude fundamental na vida de um herói e de uma heroína, uma atitude que pode provocar verdadeiras transformações em nossa vida. Precisamos aprender a confiar! Depois de ter feito tudo que estava a nosso alcance, depois de ter oferecido o nosso melhor, precisamos confiar que o melhor vai nos acontecer. E acontecer o melhor não significa que vai acontecer o que eu quero, mas, sim, o que eu preciso para encontrar meu verdadeiro caminho, minha plena realização.“

“– Beatriz, o que estou tentando mostrar é que, antes de perdoar, declaramos alguém culpado. Quando ampliamos nossa visão dos fatos e compreendemos que tudo tem um propósito, paramos de julgar e nos libertamos da culpa. Onde não há culpa não há julgamento, onde não já julgamento não há necessidade de perdão! Você não precisa carregar o peso de decidir se vai ou não absolver o outro. Cada pessoa oferece o que tem e, pela lei da ação e reação, recebe o que dá! Acredito que se existe alguém que precisamos perdoar, que precisamos libertar da culpa, esse alguém somos nós mesmos. Em vez de pensar que devemos perdoar o outro, comecemos primeiro por nos perdoar, ou seja, por nos libertar do peso de julgar o outro por não estarmos enxergando a sabedoria da Grande Vida.”

Como já dizia o líder Martin Luther King:
É melhor tentar do que se preocupar e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que seja em vão, do que se sentar fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar que em dias tristes em casa me esconder."

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