Este blog é uma forma de organizar minhas leituras, destacando trechos e passagens que mais me marcaram enquanto estava lendo. É uma espécie de diário, um registro dos livros que leio e gosto.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
O Estrangeiro
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Juca Mulato - Parte 2
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Juca Mulato
Dados da obra:
Juca Mulato é o caboclo simples que se apaixona pela filha do fazendeiro, num amor impossível pelo desnível social. Menotti se traduz numa linguagem colorida e sensual, buscando exaltar o mestiço brasileiro, por meio da poesia contida na obra.
Breve relato do autor:
Paulo Menotti Del Pcchia nasceu em São Paulo em 1892. Foi poeta, jornalista, tabelião, advogado, político, romancista, cronista, pintor e ensaísta brasileiro. Teve destacada atuação no movimento modernista.
Passagens:
Fascinação IV
"Tenho uma santa em casa, o seu
olhar encanta.
O olhar dela é, porém, igualzinho
ao da santa.
Quando rezo nem sei à dúbia luz
da vela
se me dirijo à santa ou se me
dirijo à ela
Esse olhar que, de meigo, é como
o olhar da corça,
tem, na própria fraqueza, a sua
própria força.
Quando o fito a minha alma enche-se
da incerteza,
que há na canoa sem dono à flor
da correnteza
Ele é tal qual o sol que indiferente
e mudo
sem saber quem aclara
anda aclarando tudo...
Mas no olhar que o fitou brilha,
constantemente
um relfexo de luz ambicionada e ausente
Eu nunca vi o mar, mas vendo
esse olhar penso
num barco que se afasta, onde
se agita um lenço...
Ou no doido terror que, em
meio de procelas,
há num casco sem leme ou
num barco sem velas...
Creio ver o meu vulto em
teus olhos tão vagos
como as sombras que espelha a
água morna de um lago
Eu bem sei que, tal qual na
líquida planície,
o meu vulto não vai além da superfície.
Fica à tona, a boiar nessa
pupila absorta
com na água parada alguma
folha morta..."
"... Por isso o que vale ir fugitivo e
a esmo
buscar a mesma dor que trazes
em ti mesmo?
Tu queres esquecer? Não fujas ao
tormento...
Só por meio da dor se alcança o
esquecimento.
Não vás. Aqui serão teus dias mais serenos,
que na terra natal, a própria dor
dói menos...
E fica, que é melhor morrer
(ai, bem sei eu!)
no pedaço de chão em que
a gente nasceu"
(trecho de "A voz das coisas")
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Olhai os Lírios do Campo
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Ex-libris
(Ex-libris - Confissões de uma leitora comum, de Anne Fadiman - Jorge Zahar Editora - 2002)