segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Marcelino Pedregulho

Sempé, Jean-Jacques. Marcelino Pedregulho; CosacNaify; São Paulo / SP; 2009; 122 páginas.

Dados da obra:

Primeiro livro em português de Sempé, conta a história de uma grande e sincera amizade que nasce a partir das diferenças. Marcelino Pedregulho é um menino que enrubesce sem nenhum motivo. Todos o acham muito diferente, então ele se isola das outras crianças para poder brincar em paz. Até que conhece um vizinho muito estranho: Renê Rocha, o garoto violinista que espirra todo o tempo, mesmo sem estar resfriado.

Breve relato do autor:

Jean-Jacques Sempé é um dos mestres do cartum francês, referência mundial ao lado de nomes como Steinberg. Se distinguiu principalmente pela ilustração da série o Le Petit Nicolas (no Brasil, O Pequeno Nicolau).

Passagens:

“O pequeno Marcelino Pedregulho poderia ter sido uma criança alegre como tantas outras. Infelizmente sofria de uma doença esquisita: ele ruborizava. Ficava vermelho por um sim ou por um não. Felizmente, você me diria, Marcelino não era o único a ficar vermelho: todas as crianças ruborizam quando levam uma bronca ou fazem uma besteira. O que era perturbador, no caso de Marcelino, é que ele enrubescia sem nenhum motivo. Isso acontecia quando ele menos esperava.”

“Num dia em que voltava para casa, ruborizando de vez em quando... Ele escutou um barulho que parecia um espirro... Era Renê Rocha, seu novo vizinho. O pequeno Renê Rocha era um menino encantador, violinista sensível, excelente aluno que, desde a mais tenra infância, sofria de uma doença curiosa: ele espirrava toda hora, sem que jamais tivesse ficado resfriado...
... Naquela noite, eles nem conseguiram piscar os olhos, de tão contentes que estavam por terem se encontrado... Eles se tornaram inseparáveis...”

“Se eu quisesse que todo mundo ficasse triste, contaria que os dois amigos, presos às suas obrigações, não se reviram mais. De fato, é o que acontece na maioria das vezes. A gente reencontra um amigo, fica supercontente, faz planos. E depois, a gente não se vê mais. Porque não temos tempo, porque moramos longe um do outro, porque temos um monte de trabalho. Por mil motivos. Mas Marcelino e Renê se reviram.”

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