quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A história de Oliver

Segal, Erich, A história de Oliver. Círculo do Livro S.A.; São Paulo / SP; 265 páginas.

Dados da obra:

Continuação de "Love Story", o livro narra a história do jovem advogado Oliver depois da morte de sua esposa, Jenny. Desolado, ele acaba conhecendo uma bela e misteriosa mulher. O romance retoma o ciclo da vida e do amor, e toca nos elos profundos que ligam o homem e a mulher, com a mesma carga de emoção e ternura do livro anterior.

Breve relato do autor:

Erich Segal é um autor norte-americano, que foi também roteirista e educador. Ficou famoso pela novela História de Amor, que se tornou best-seller, e também pelo filme do mesmo nome, que alcançou grande sucesso na década de 1970.

Passagens:

"A morte põe fim a uma vida, mas não termina com um relacionamento que se debate na mente daquele que sobreviveu rumo a alguma decisão que talvez seja encontrada."
– Robert Anderson - I never sang for my father.

"Na última gaveta da escrivaninha lá de casa estão os óculos de Jenny. Sim. Os óculos de Jenny. Porque uma olhadela neles faz-me recordar seus encantadores olhos, que olhavam através deles para olhar através de mim."

"– Como está se sentindo?
– Muito bem – respondi, pegando a sua mão. Entretanto, tinha consciência de que meus olhos e minha voz revelavam um traço de tristeza.
– Está se sentindo... sem jeito, Oliver?
Fiz um gesto afirmativo.
– Por que se lembrou de... Jenny?
– Não – respondi. e olhei na direção do lago. – Porque não me lembrei."

"Apesar das estranhas coisas que nos cercavam, sentia-me estranhamente feliz. Se não fosse por qualquer outra razão, seria pela proximidade... de uma outra pessoa. Tinha-me esquecido do que a mera vizinhança das batidas do coração de alguém pode desperatar em nós."

"É verdade que comemos juntos, falamos juntos, rimos (e não concordamos) juntos, dormimos juntos sob o mesmo teto (isto é, no meu subsolo). Todavia, nenhum dos dois fez um arranjo. E nenhuma obrigação, certamente. Tudo acontece no dia a dia. Muito embora procuremos estar juntos o máximo que nos é possível. Acho que possuímos uma coisa que é bastante rara. Uma espécie de... amizade. E que é ainda bem mais extraordinária por não ser platônica."

"Confesso que me sinto muito só quando ela está fora da cidade. Principalmente no verão, com todos os casais de namorados passeando no parque. O telefonema é um substituto muito deficiente: tão logo a gente desliga, está com as mãos vazias."

"Freud – sim, o próprio Freud – afirmou certa vez que, diante das pequenas coisas da vida, devíamos, é claro, reagir de acordo com o nosso raciocínio. Contudo, quando se tratasse de grandes decisões, deveríamos prestar atenção ao que o nosso inconsciente nos diz."

"Volto correndo no meio da escuridão, recordando, apenas para passar o tempo. Às vezes, pergunto a mim mesmo o que eu seria se Jenny estivesse viva. E então respondo: – Também estaria vivo."

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