terça-feira, 14 de setembro de 2010

A menina do fim da rua

Koenig, Laird. A menina do fim da rua. Círculo do Livro S.A.; São Paulo / SP; 193 páginas.

Dados da obra:

O livro conta a história de uma adolescente, Rynn, de 13 anos, que mora sozinha em uma casa alugada pelo seu pai, que é poeta, mas nunca é visto. Teria ele morrido? Alguém o matou? Se estiver morto porque Rynn finge que ele ainda está vivo? O suspense marca a obra, recheada ainda de música e poesia. Uma história de conteúdo psicológico, em que seus personagens são adolescentes revoltados contra a sociedade e imersos na fantasia.

Breve relato do autor:
Laird Koenig é um autor norte-americano, cujo romance A menina do fim da rua é seu principal sucesso. O romance foi até adaptado para o cinema em 1976, com Jodie Foster e Martin Sheen.

Passagens:

"– Eu gosto muito de poesia. – Seus longos cabelos ondularam quando sacudiu a cabeça para corrigir o que dizia.
– Isto é redundância. O verbo 'gostar' deve ficar só. A palavra 'muito' apenas o enfraquece. Amo as palavras. Muita gente não lhes dá atenção."

"– Então temos todos que esperar juntos. – Hallet deixou que se restabelecesse o silêncio. Era um daqueles silêncios totais, como uma presença que se podia quase sentir, igual à água que enche sem ruído a cisterna. Com o tempo essa espécie de silêncio pode matar."

"Com mais doçura do que ela, Mário beijou-lhe o rosto, e os olhos, um lugar que até então ela jamais pensara pudesse ser beijado. Sabia que ele sentia o gosto das lágrimas que lhe escorriam, quentes, pelos cílios cerrados, descendo pelas faces.
Rynn se alternava entre lágrisas e risos, porque, diante de tudo quanto estava acontecendo, seus sentimentos sofriam, em tão pouco tempo, uma alteração tão grande que ela não tinha nem meios nem tempo para refletir sobre a razão das coisas... tanta coisa estava acontecendo."

"O amor. No crepúsculo desse dia de novembro, sem Mário, ela não podia continuar sozinha. Não podia fazer tudo quanto tinha de fazer. Se ele jamais houvesse estado com ela, então sim, talvez pudesse, mas agora... Agora a coisa mais importante do mundo era ver Mário emergir daquela máscara cinzenta."

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